Cieiro

O termo cieiro refere-se a pequenas fissuras que surgem na superfície da pele em consequência da excessiva secura, ocorre quase exclusivamente na face. E é tipicamente próprio do Inverno.

Entre as causas que provocam o cieiro estão algumas substâncias, como a água, o álcool, ou o éter, porque removem a gordura e secam a pele. No entanto, a causa mais frequente é a exposição ao frio, pois diminui as secreções cutâneas.

As perdas de água na superfície da pele são controladas, quer pela existência de um filme lipídico superficial, constituído pela secreção de glândulas sebáceas, quer por substâncias, como lactatos, ureia e creatinina, que se encontram no interior da epiderme, constituem o factor hidratante natural e retêm a água. Quando a temperatura ambiente baixa ou quando está vento, verifica-se menor secreção de suor e sebo. Tal acarreta diminuição do filme lipídico, com enfraquecimento da função barreira da pele, aumento da perda de água e secura da parte mais superficial da epiderme, a camada córnea. A desidratação desta, torna-a menos elástica e sujeita a microfracturas, responsáveis por fissuras que desencadeiam reacção inflamatória moderada, com prurido. Instalando-se, desta forma, o cieiro.

As pessoas com maior tendência para o cieiro são as com pele seca e as crianças antes da puberdade, pois a sua pele é mais fina e a secreção sebácea menor.

Para contrariar o cieiro usam-se produtos de aplicação tópica com compostos que substituem o filme lipídico de superfície, tais com ácido láctico, ureia, sorbitol e outros hidratantes. Existe, no mercado, uma variada gama destes produtos, sob a forma de loções, cremes, pomadas e batons, em regra muito eficazes. Outra forma de ajudar a que o cieiro passe rapidamente é não humedecer os lábios. Acto que vulgarmente se faz devido à sensação de secura que este problema provoca. Além disso, é conveniente não arrancar as peles secas com os dentes, pois só agrava a inflamação.